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O Que Arquitetos e Designers Podem Aprender com o Filme da Fórmula 1

  • Foto do escritor: Luan Nogueira
    Luan Nogueira
  • 2 de jul.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 2 de jul.


Project by Fury & Visuals by Xarp Studio
Project by Fury & Visuals by Xarp Studio

A Velocidade. Precisão. Atmosfera. E a Arte de Projetar Emoções.



Quando Lewis Hamilton não está vencendo campeonatos mundiais, ele está produzindo filmes.


Especificamente, aquele filme — estrelado por Brad Pitt, agora com 60 anos e inexplicavelmente mais aerodinâmico do que nunca, interpretando um ex-piloto de Fórmula 1 que retorna às pistas. Dirigido por


Joseph Kosinski (Top Gun: Maverick), o filme promete ser um espetáculo técnico e visual, gravado em autódromos reais, com equipes reais, e coreografado como um balé de tensão e fibra de carbono.


Mas este não é apenas um filme sobre corridas.


É uma aula de pensamento projetual — velocidade, beleza, atmosfera, precisão — com muito a ensinar a arquitetos e designers de interiores atentos.


1. Forma Segue Função (Mas Nem Sempre)


Na F1, cada curva, abertura e material tem um motivo. É função pura, refinada por dados e necessidade.


Mas, de alguma forma, também é deslumbrante.


Designers falam muito sobre minimalismo, mas a F1 nos lembra que a estética pode nascer da precisão técnica, não do enfeite. E se projetássemos espaços da mesma forma — eliminando o excesso não por tendência, mas por clareza, eficiência e sensualidade?


A arquitetura ideal se comporta como um carro de F1: sem gestos desnecessários, mas profundamente emocionante.


2. Velocidade é uma Sensação, Não um Número


Carros de F1 são construídos para acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 3 segundos. Mas o que realmente fascina é a sensação de velocidade. O rugido do motor. O borrão do macacão vermelho. A luz filtrando pela viseira.


Designers também criam ritmo. Um corredor longo desacelera. Um recorte inesperado acelera o olhar. Uma sequência de luzes cria tensão, expectativa, pausa. Esses são recursos cinematográficos — e na F1, cada plano é pensado para fazer você sentir movimento.


Como criar essa mesma sensação em um interior, onde tudo é aparentemente estático?


3. Precisão é o Novo Luxo


Os filmes de Kosinski (Oblivion, Tron: Legacy, Top Gun) são conhecidos por seu controle meticuloso de paleta, textura e composição. Este novo filme da F1 não será diferente. Nenhum ruído visual. Cada detalhe importa.


Isso dialoga com o que a Vogue Living chamou de “techno-craft” — uma era de interiores onde engenharia e artesania se encontram. Torneiras em titânio escovado ou Marcenaria cortada a laser.


Não se trata de ostentação. Trata-se de domínio técnico com emoção sensorial.


4. O Pit Stop é uma Aula de Atmosfera


Entrar em uma garagem de F1 durante uma corrida é como entrar em um templo: iluminação controlada, vozes baixas, máquinas vibrando em silêncio. Há drama e serenidade ao mesmo tempo.


E não é isso que os bons interiores fazem? Restaurantes, hotéis, residências — são todos palcos de momentos: um brinde, um beijo, um silêncio necessário. A F1 nos ensina que atmosfera também é arquitetura, mesmo que efêmera.


E o pit stop é exatamente isso: arquitetura pop-up, modular, de alta performance. Há muito o que aprender ali.


5. Projetar para Câmeras Virou Parte do Trabalho


O filme está sendo gravado com câmeras cinematográficas e de cockpit — e a equipe precisou projetar interiores de carros que funcionem a 300 km/h numa tela IMAX.


Parece familiar?


Hoje, casas, escritórios e hotéis são filmados, fotografados, postados, transmitidos. Não apenas habitamos os espaços — atuamos neles. Projetar para a lente já é parte do jogo. A F1 entendeu. Hollywood entendeu. E nós?


Volta Final


O filme da F1 é mais do que carros e adrenalina. É sobre precisão sob pressão, design no limite da possibilidade, e a sensação de estar plenamente vivo dentro de uma máquina feita para emocionar.


Arquitetos e designers: prestem atenção.


Porque, às vezes, a coisa mais rápida dentro de um espaço… é uma ideia.



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